O Sal Da Terra, Uma Ode A Sebastião Salgado

O filme O Sal da Terra mostra os bastidores do Projeto fotográfico Genesis, bem como a defesa da conservação ambiental, realizada pelo Instituto Terra.

Portfólio de Bel Young

O Sal da Terra

O Sal da Terra, filme, de Juliano Salgado e de Wim Wenders (cineasta alemão, diretor de Paris, Texas), indicado ao Oscar, de melhor documentário, em 2015, foi elogiado por conceituados periódicos:

“Uma suave e sedutora biografia do legendário fotografo brasileiro”

The Guardian, jornal inglês, fundado em 1821;

“Wim Wenders confirma sua maestria na forma documental com esta ode impressionante a Sebastião Salgado.”

Variety, semanário estadunidense especializado em Cinema.

Ademais, o filme O Sal da Terra recebeu o Prêmio Especial na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, de 2014.

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Confira o trailer de O Sal da Terra!

Nome: O Sal da Terra

Direção: Juliano Salgado e Wim Wenders

Gênero: documentário

Produção: Brasil, França e Itália

Ano: 2014

Duração: 110 minutos

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Genesis

O projeto Genesis, inspirado no livro bíblico homônimo, é sinônimo de morte e de renascimento, visto que após fotografar a história das pessoas em trânsito: migrantes, refugiados ou exilados, devido à pobreza, à repressão ou às guerras, e a miséria humana retratadas no livro Êxodos (2000), Sebastião Salgado entrou em depressão e pensou em deixar a Fotografia.

No entanto, ao observar a natureza destruída da fazenda de sua família reflorescer, deu-lhe alento e, principalmente, o desejo de retratar locais intocados.

E, destarte, apresentar um novo planeta. Esta foi a força motriz, por trás do Projeto Genesis.

O fotógrafo, como gosta de ser chamado, cruzou o mundo, entre 2004 e 2012, visitando 32 regiões remotas: o Alasca, a Patagônia, a Etiópia e a Amazônia, dentre outras, a fim de registrar a majestade e a beleza da natureza, sua relação com o homem e os animais, bem como de registrar comunidades alheias às transformações ocorridas ao longo dos séculos, porquanto mantêm suas tradições ancestrais.

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Genesis, a Exposição

Genesis, seu trabalho mais recente, é composto por uma exposição – a exibição, com curadoria de Lélia Wanick Salgado, conta com 245 fotografias em Preto e Branco, divididas em cinco seções geográficas:

  1. Planeta do Sul (as paisagens congeladas e os animais da Antártica, do Sul da Geórgia, as Ilhas Malvinas, o arquipélago Diego Ramirez e as Ilhas Sandwich);
  2. Santuários (as paisagens vulcânicas, a fauna, as populações, a vida selvagem e a vegetação dos diferentes ecossistemas das Ilhas Galápagos, Nova Guiné, Irian Jaya, os Mentawai da Ilha Siberut e Madagascar);
  3. África (a vida selvagem, os animais, a população tribal, os desertos e as antigas comunidades do Delta de Okavango, na Botswana, da Ruanda, do Congo e Uganda, da Namíbia, Sudão, Líbia, Argélia e Etiópia);
  4. Espaços do Norte (as paisagens naturais, a vida animal e indígena do Alasca e do Colorado, nos Estados Unidos, do Canadá, da Rússia e da Sibéria);
  5. Amazônia e Pantanal (a floresta tropical, o Rio Amazonas e a vida de tribos indígenas brasileiras), e um livro (lançado pela editora alemã Taschen e publicado em seis línguas).

A mostra pretende levar os espectadores a refletirem acerca da vida nos grandes centros e, principalmente, do seu papel na conservação do planeta.

Êxodos X Genesis

Para Salgado, a Fotografia é completamente subjetiva e parcial, pois revela a visão política e a trajetória do fotógrafo. Características corroboradas tanto em Êxodos quanto em Genesis.

Ambos os projetos (Êxodos e Genesis) possuem estética impecável e alta carga dramática, porém, com vieses diferentes.

Já que Êxodos apresenta um mundo em decadência, desesperançoso, enquanto Genesis retrata um mundo intocado, belo, puro e esperançoso.

Revelando a Fotografia Analógica

Imagens de Genesis (a partir de 1 h: 14)

Curtindo O Sal Da Terra, Uma Ode A Sebastião Salgado!

Sobre Sebastião Salgado 

Sebastião Salgado Júnior nasceu em 8 de fevereiro de 1944, na cidade de Aimorés, Minas Gerais.

Em 1963, mudou-se para Vitória, no escopo de estudar Economia, cidade em conheceu Lélia Wanick, sua esposa e parceira artística, já que edita os livros e exposições, desenha os livros e organiza as expedições de Salgado.

Após terminar a graduação na Universidade Federal do Espírito Santo e o mestrado, na Universidade de São Paulo (USP).

Imigrou, em 1969, para Paris, devido à Ditadura Militar vigente no Brasil.

Exilado na França, iniciou o Doutorado em Economia Agrícola, porém, não defendeu a tese, apesar de ter desenvolvido uma dissertação sobre o assunto.

Ficou 11 anos exilado na França. Neste período, não pôde voltar ao Brasil, pois seu passaporte foi confiscado pelo governo militar.

Entrou com um mandado de segurança, para reaver o documento. Após dois anos, obteve o salvo-conduto.

Missão de Vida

Neste período, Sebastião também trabalhou na Organização Internacional do Café (Londres), o que lhe permitiu, durante uma viagem de negócios à África, realizar a sua primeira sessão fotográfica e, principalmente, de descobrir a sua verdadeira vocação: a Fotografia.

Decidiu, então, abandonar o seu ofício e investir em uma nova profissão. Começou sua carreira fotográfica, aos 29 anos, em 1973, na França.

Como fotojornalista, Salgado trabalhou para as agências Sygma (2 anos), Gamma (4 anos), uma das maiores agências fotojornalísticas. Para Salgado, a sua verdadeira escola de Fotojornalismo.

Sebastião também trabalhou na cooperativa fotográfica francesa Magnum (15 anos).

Realizou importantes fotorreportagens, tais como: o atentado a tiros cometido, por John Hinckley, Jr. (a fim de impressionar a atriz americana Jodie Foster), contra o presidente americano Ronald Reagan, em 1981.

Não obstante ter ganhado notoriedade com tais imagens, decidiu tirá-las de circulação, com o objetivo de não ficar conhecido apenas por este trabalho.

Em 1994, deixou a Magnum e fundou a agência Amazonas (agência que cuida apenas da obra de Sebastião), administrada por Lélia Wanick Salgado.

Publicações

Em 1986, lançou seu primeiro livro, Outras Américas, a publicação retrata as condições de vida dos camponeses e dos índios da América Latina.

Desde então, o artista publicou diversas obras:

  1. Trabalhadores (1993);
  2. Terra (1997);
  3. Serra Pelada (1999);
  4. Êxodos (2000);
  5. O Fim da Pólio (2003);
  6. Um Incerto Estado de Graça (2004);
  7. O berço da desigualdade (2005);
  8. África (2007);
  9. Genesis (2013);
  10. Perfume de Sonho (2015).

Prêmios

Graças à qualidade e à originalidade do seu trabalho, o fotógrafo recebeu diversas condecorações:

  • Melhor Repórter Fotográfico do Ano, do International Center of Photography de Nova York;
  • Prêmio Jabuti de Literatura: categoria reportagem;
  • World Press Photo, a mais importante honraria do fotojornalismo mundial.

Já se imaginou fazendo parte da história das pessoas e transformando suas vidas, seja fotografando o casamento, o aniversário de 1 ano do primeiro filho, a inauguração de um empreendimento ou o primeiro vernissage de um artista?

Portfólio de Bel Young

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Antes de imprimir, pense. O meio ambiente agradece.

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